"Chorar é necessário, mas ser infeliz é opção"

Não tenha medo de chorar. Ame, lute, espalhe sementes. Não viva somente o hoje e não lamente o passado. O futuro é bom, não sofra desnecessariamente. Tenha o sentimendo do mundo em tuas mãos,construa!!!

20 de ago. de 2012

O Ouro de tolo nossos de cada dias!


"Eu devia estar contente por ter conseguido tudo que eu quis, mas confesso abestalhado que estou decepcionado, Porque foi tão fácil conseguir e agora eu me pergunto e daí, eu tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e eu não posso ficar aí parado".

Esse é um trecho de uma canção de Raul Seixas, feito na época da ditadura, trazendo um trajetória de uma pessoa que, aparentemente, consegui tudo na vida. Mora bem, um carro bom, uma vida decente, com família. Mas, ao longo da canção, vermos uma pessoa decepcionada, nos seus dizeres, com tudo aquilo que conquistantes, uma vazio em ter aquilo. 
O título da canção, ouro de tolo, vem de uma expressão antiga de um mineral chamado pirita, que era parecido com o ouro.  Nas corridas do ouro, algumas pessoas espalhavam a pirita e quando, um garimpeiro achava, pensava em ter encontrado o ouro. Passando para frente, descobria que aquilo não era ouro, não era valioso e a pessoa ficava no prejuízo, ou seja, era uma "riqueza falsa".
Isso nos leva a pensar nos nossos ouros de tolo de cada dia. Todo nós buscamos riquezas, seja elas materiais, espirituais, amorosas ou algo que nos faça pensa"valeu a pena viver". Ouvindo a canção e o sentindo da palavra "ouro de tolo", descobri  que a sociedade atual tem seus ouros de tolos. Jovens que acham que com seu corpo bombado, possam ganhar as mulheres, riquezas, felicidade efêmera. Ou constrói casamentos, viagens, baladas e até religiões como conceito de uma riqueza infinita, que traz a famosa felicidade. Iludimos a nós mesmos com coisas sem nada com nada.
E aí, a gente descobre que temos felicidades momentâneas. Ou melhor, não são felicidades, são alegrias, pois para mim, felicidade se constitui como algo integral da vida. A gente tem é pequenos momentos de alegria. Estou alegre no serviço, mas triste em casa com a esposa. Estou triste com meu serviço, mas alegre com meus filhos. Não dá para cravar que somos felizes, pois o ser humano, homem e mulher, não é uma parte, é um todo. Como é difícil a gente construir alegrias em todos campos, achamos que felicidade é tudo. E mas termos que ter a ideia que felicidade podemos ter em 1 minutos, 10 segundos ou 1 ano, quando, numa integralidade, construirmos nossa alegrias nas esferas da vida. Solidificamos nossa morada em cima da pedra e não na areia, para que, na primeira tempestade, ela esteja bem fincada.
E ouro tolo nosso de cada dia? São essas percepções de que a felicidade é para agora, mas que esquecemos que ela é gestada no dia a dia. É pode sofrer, chorar, alegra, viver algo. Quem vive na eterna busca da felicidade, tende a frustra-se na primeira queda, pois acha que só alegrias existem. É claro, não queremos tristeza nem dores, mas somos seres frágeis e se não termos a ideia que elas existem, seremos ouro de tolos de nós mesmos. É difícil, mas é bom sempre ter isso, nos motivar a verdadeira busca do ouro, da riqueza que é a gente ser eternamente caçadores de nós mesmos.

E assim, a música de Raul termina com algo que temos que se incomodar todo dia, que é "eu não me sento no trono de um apartamento com a boca escancarada cheias de dentes, esperando a morte chegar, pois, longe das cercas embandeiradas que separam os quintais, no cume calmo do meu olho que vê a sombra sonora de um disco voador"( talvez, nessa parte, o desejo nosso é fugir de nosso ouro de tolo construído)

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