"Chorar é necessário, mas ser infeliz é opção"

Não tenha medo de chorar. Ame, lute, espalhe sementes. Não viva somente o hoje e não lamente o passado. O futuro é bom, não sofra desnecessariamente. Tenha o sentimendo do mundo em tuas mãos,construa!!!

4 de set. de 2016

Seus olhos a fitaram por longos quatro minutos, segundo o relógio que mede o tempo humano num tempo onde não há nada certo, quando ela saiu do seu lado. Naquele momento, quando todos olhavam para o ponteiro do que se mostra como significativo em nossos dias, a falta de tempo, o rapaz no qual estava sentando em volta de seus livros, observou o desejo de sua vida: a garota da carteira ao lado da sua sala de aula que, como ele, estava ali tentando dá um sentindo concreto de sua existência humana.
Por infinitos duzentos e quarenta segundos, seu olhar desapareceu-se naquela moça, naquele infinito que transbordava diante dos seus olhos. Não era uma moça que habituava padrões sociais de beleza. Tinha 1.67 de altura, cabelos curtos na altura do ombro, um óculos pequeno e um sorriso que alargava o todo de uma vida.  Neste, aquele rapaz se perdia totalmente.
Ambos estavam estudando naquele grandão salão do conhecimento humano. Pertinhos, mas tão distantes. Tinha, ela, olhos de mel feito por abelhas que não podia se duvidar da capacidade de produzir grandes obras. Ela mexia com sua existência como os grandes dilemas humanos mexia com os pré-sócraticos. O néctar de sua vida era ela. Sua inspiração era aquele ser humano, tão frágil comoqualquer ser humano, porém forte como o mar.
Antes de tudo se encerrar nela, a mesma se levantou,cumprimentando-o. Perguntou aonde seria a próxima aula. Ele, tímido, respondeu-lhe e recebeu um até logo. Sim, naquele momento, ele viajou aonde nenhum pode alcançar: a sua imaginação. O que será que passou na cabeça daquele rapaz nos quatro minutos que seu finito se perdeu no infinito dela?  Sonhou com seus beijos,andando de mãos dadas na praça, tomando sorvete? Imaginou as primeiras brigas talvez ou um passeio nas madrugadas geladas de uma cidade serrana. Teus filhos, teu casamento, a família dela. Era que como tivesse ido pra Pasárgada com ela.Voou sua inquietação. Um sentimento que nunca se medirá pelo andar do relógio. A sua vida foi como um cometa que se perde no universo e viaja anos-luz, mas que retorna devido a força de alguma gravidade existente no universo. A gravidade, para aquele rapaz, era aquela que tanto de tanto amar, perdia a esperança de tê-la, pois quando desejamos tão fortemente algo, escapa pelas nossas mãos devido a nossa afobação pelo viver.
Como sonhou naquele momento declarando-se a ela. Fazendo ele uma cabrocha de alta classe, onde todos admiravam sua companhia e ele mais ainda.
A utopia era aquele abraço. Mas teu sentimento ficaria preso. Para onde vão as palavras que silenciamos?
Ao completar os quatros findos minutos, seu olhar voltou para si.Uma angústia tomou conta dele. Ao mesmo tempo, um alívio, pois contemplou um pouco de si e um pouco de outro, ela, sua paixão, um pouco de sua vida. Ali, diante de tantos livros, o teu conhecimento era somente ela. Pela sua lei, eles eram felizes
Nestas história, percebemos que no mundo somos entrelaçados numa rede de histórias individuais que se cruzam, que se tocam. Uma impessoalidade que marca e os define. Aquele olhar do rapaz lançava um pouco dele à vida. Nunca saberemos como terminou aquela história. Mas triste não há de nada, pois destas coisas findas, encontramos um pouco de nós.

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